A Síndrome pré-menstrual (SPM) ou tensão pré-menstrual (TPM) é um evento que acomete muitas mulheres, representado por sintomas físicos, psicológicos e mudanças comportamentais. Tais sintomas ocorrem de uma a duas semanas antes do início da menstruação e estão relacionados a alterações no padrão hormonal durante o ciclo reprodutor feminino.
As alterações nos níveis de estrógeno e da progesterona, no período menstrual, agem sobre os neurotransmissores e estudos acreditam ser uma das possíveis causas dos sintomas em mulheres mais sensíveis.
Sinais e sintomas que se repetem incluem o aumento do tamanho e da sensibilidade das mamas; inchaço nas pernas e, às vezes, no corpo todo; ganho de peso; cefaleia; fadiga; dor nas pernas; aumento do volume abdominal; acne; ansiedade; irritabilidade; depressão; mudanças de humor; depreciação da autoimagem e alteração do apetite. Essas alterações, quando associadas à baixa ingestão de determinados nutrientes, produzem mudanças fisiológicas e psicológicas. Tais mudanças podem afetar o apetite e a dieta alimentar parece influenciar os níveis de estrogênio e seu metabolismo.
Sintomas da tpm
Os sintomas da TPM podem ser leves, moderados ou intensos, e podem gerar prejuízos para algumas mulheres em todas as áreas da vida. Os mais comuns são:
- Alterações emocionais, que incluem mudança de humor, como irritabilidade, nervosismo, ansiedade, depressão, fúria, isolamento social e confusão;
- Acne, distensão abdominal, constipação e cefaleia;
- Alteração no apetite, compulsão por doces (cravings) e ganho de peso;
- Retenção de líquidos nas pernas ou no corpo como um todo e dores nas articulações;
- Problemas de memória e baixa concentração;
- Sensibilidade e aumento das mamas;
- Alterações do sono e cansaço.
Esses sintomas podem ser potencializados em função de aspectos como o estresse, problemas emocionais, desequilíbrios da tireoide, toxinas, resistência insulínica e congestão no fígado. O uso de álcool, drogas e medicamentos, aliado a fatores como dieta e carências nutricionais também são fatores que impactam no agravamento dos sintomas.
A TPM não é vista como doença e não existe um protocolo para seu diagnóstico e tratamento – nutricional e/ou com fármacos. A abordagem terapêutica sempre será individualizada, onde as intervenções propostas incluem a mudança no estilo de vida com a prática regular de exercícios físicos e alimentação natural. A terapia com fitoterápicos e a prescrição de suplementação alimentar varia de acordo com a sintomatologia de cada mulher.
Alimentos que reduzem a tpm
Evidências científicas sugerem que mudanças no estilo de vida, incluindo-se a prática de exercícios aeróbicos, modificações na dieta e o uso de fitoterápicos, devem ser considerados. A ingestão adequada em magnésio, cálcio, vitamina B6, ferro e ômega-3, através da alimentação e/ou suplementação oral, pode ser relevante para o controle dos sintomas da TPM. Por outro lado, o desequilíbrio hormonal associado aos maus hábitos alimentares, com o consumo exacerbado de certos alimentos, pode contribuir para agravar o quadro. É recomendável reduzir cafeína, sal, produtos lácteos, carne vermelha, chocolate com menor teor de cacau, frituras e álcool, bem como excluir alimentos processados, gorduras saturadas e hidrogenadas.
O uso de suplementos alimentares na dosagem correta também é necessário, além de fitoterápicos de relevância, que apresentam menos efeitos colaterais, mas também não devem ser utilizados abusivamente, como a Cimicifuga racemosa, Vitex agnus-castus, Borago officinalis, entre outros. Recomendo ainda a prática de atividade física para mulheres que sofrem de tensão pré-menstrual, o que pode, às vezes, ser suficiente para tratar sintomas moderados.